segunda-feira, 12 de setembro de 2011

1a Expedição do PNPD - Porifera (3° mergulho - Riacho Doce, Maceió)

2011 Set 12 - Riacho Doce. Passados alguns meses de concluida a leitura do livro homônimo, de José Lins do Rego, finalmente uma oportunidade de conhecer o mar que tanto agradara à Sueca Edna. Partimos de Praia do Francês às 07:30h para colher Victor e Álvaro às 08:00h em Maceió, e encontrar com Mônica e Hilda já em Riacho Doce. Da AL101N até a praia, uns 50 m apenas, em "trilha para automóveis". Uma curta caminhada na praia e logo entrávamos no mar. O aspecto era de um encalhe generalizado. Cada qual buscava romper os baixios como podia. Após cerca de 1h de mergulho super-raso, finalmente um setor onde se podia ao menos afundar a cabeça na água. Pouco depois, uma área onde era possível mergulhar de verdade, inclusive com amplas locas para exploração. Visibilidade bastante baixa, após primeira e única moréia do dia, encontramos algumas acumulações de rodolitos e "cacos" de recife, aglutinados por fauna diversificada de esponjas. Pena que já se percebia a subida da maré com a visibilidade piorando a olhos vistos.

Eduardo, perguntando sobre algum atalho para alcançar a parte mais funda . Aqui, frequentemente, havia que se rastejar para superar os trechos mais rasos. Foto por M. Carvalho.

Boa parte do substrato nesta praia constituia-se de rodolitos, com os quais as esponjas podem ter uma relaçao MUITO íntima, como se vê nesta imagem. É praticamente impossível coletar-se o porífero com o auxílio de uma faca apenas. Neste caso, em se tratando de um rodolito pequeno, foi tudo para o saco de coleta. No Lab tentaremos cortar esponja e rodolito com um disco de serra diamantado (tão logo tenhamos tal equipamento ...). 
Finalmente uma paisagem mais interessante para explorar. O teto da loca não era majoritariamente coberto por poríferos, como em tantos outros casos, mas o acúmulo de debri coralígeno de grandes dimensões propicia excelente alternativa de substrato para as esponjas.

Já nas partes um pouco mais fundas do recife (ca. 1-2 m de prof.), eis que surgem crostas em abundância. Nesta imagem, da esp para a dir.: Rhabderemia (?), Spirastrella hartmanie Timea sp. (com fendas porais).

Inevitavelmente, deparamo-nos com outros bichos, alguns de rara beleza. Aqui, uma anêmona tapete, cujos tentáculos  curtos e globosos, pareceram-nos imitar a alga Caulerpa racemosa, que também vimos no local. 

Ídem. Outro animal encontrado por acaso na busca por poríferos: uma planária (Platyhelminthes).  Foto por S. Salani.

2 comentários:

  1. Caverna famosa, mergulhei nela em 2010. Tomara que seja mesmo Rhabderemia. Coletei uma só que bem menor.

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  2. As crostas, inclusive a possível Rhabderemia, sairam de um buraco ao lado do local em que tu estavas sentado, já no final do mergulho. Não foi da "pseudo"caverna.

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