quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Alagoas em 07-12 de Outubro de 2014

OBJETIVOS:

(1) Assistir à apresentação do Exame de Qualificação de André Felipe Bispo da Silva pelo Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos, bem como

(2) revisitar algumas localidades de coleta em Maceió ou próximas de lá, com o intuito de buscar novas espécies, ou novas informações acerca de espécies pouco conhecidas.

O Pós-doutorando João Luís de Fraga Carraro participou da banca de avaliação, junto aos Professores Ulisses dos Santos Pinheiro da UFPE e Tami Mott da UFAL. Com relação às coletas, havia uma encomenda a atender, Cinachyrella alloclada (foto abaixo), para o Dr. Paco Cardenas (Universidade de Uppsala, Suécia), que estuda a filogenia da Ordem Spirophorida.

Cinachyrella alloclada ou C. apion coletadas para o Dr. Paco Cardenas para fins de estudo evolutivo. Trata-se de espécie dentre as mais abundantes em todo o Atlântico Tropical Ocidental, aqui ilustrada em seu habitat característico - águas rasas, bem iluminadas, e com bastante sedimento arenoso. Foto tomada sob as ruínas do Alagoinhas (Maceió).

A esponja cor de laranja no topo desta pequena rocha é aparentemente um novo registro do gênero Terpios para a costa brasileira, de onde até o presente só estavam registradas as espécies azuis, T. fugax e T. manglaris. Foto tomada sob as ruínas do Alagoinhas (Maceió).

E então José? Ficamos com Haliclona caerulea nesse caso? Ou seria o que chamávamos de H. manglaris? Fotografada nas reentrâncias observadas na parede interna do cordão arenítico exposto na baixamar da Praia da Sereia (Maceió), este indivíduo estava 100% fora d'água, porém, igualmente 100% protegido de insolação direta.

Apesar da chuva, João Carraro distraiu-se como "pinto no lixo" registrando e coletando algumas crostinhas neste habitat de iluminação suave. Foto tomada sob o cordão arenítico da Praia da Sereia (Maceió)

Vista parcial de uma armadilha tradicional de pesca na Praia da Ponta do Meirim. Nestas mesmas estruturas, encontramos em 2010 rica e abundante fauna de esponjas. Agora, em 2014, com toda a chuva que havia caido nos dia anteriores, a visibilidade estava seriamente comprometida. Some-se aí o fato de que chegamos tarde para a maré baixa e conclui-se o inevitável: a coleta deixou a desejar ...

Afinal de contas, pesquisador também precisa se alimentar!! Eduardo Hajdu e João Carraro, entre as amigas, professoras da UFAL, Mônica Dorigo Correia, em primeiro plano, e Hilda Sovierzoski.

A primeira impressão aqui foi que se trataria de Mycale alagoana, com uma típica camadinha de areia a recobrindo. Ledo engano! No laboratório de bentos do LABMAR, pudemos conferir ao observar suas espículas dissociadas que era na verdade um espécime de Amorphinopsis atlantica. Foto tomada em poça de maré sobre o cordão arenítico da Praia do Saco da Pedra (Marechal Deodoro)

Um belo exemplar de Haliclona caerulea, da mesma poça de maré que a foto acima.

Será que ainda dá para chamar de Haliclona caerulea? É uma luta compreender a variabilidade morfológica de cada espécie!! A tonalidade, muito mais escura aqui, parece bem distinta do que normalmente atribuimos à espécie. Foto tomada na mesma poça de maré que as duas anteriores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Algum comentário?