sábado, 30 de abril de 2016

TB'16 - Expedição TAXPOmol Biodescoberta 2016 (Dia 08)

9º dia de expedição (15/04/2016): mergulho na extremidade sul dos Parrachos de Maracajaú. Nos dias 13 e 14/04 (7º e 8º da expedição), estivemos largando a 1a fase, no Ceará, e partindo para a 2a, no Rio Grande do Norte. Dia 13 despachamos 70kg de carga de volta para o Rio pela Itapemirim, incluindo as duas dragas que sequer chegaram a sair do escritório da empresa. Ôô tristeza!! Dia 14 chegamos cedo em Natal após a noite dormida no ônibus. Não há serviço de Leito para a rota Fortaleza - Natal, de modo que o Semi-Leito da Empresa Guanabara foi o melhor que conseguimos. Apenas esclarecendo: tínhamos passagens da Gol adquiridas para essa rota, em horário muito conveniente. Ocorre que a empresa alterou o voo para um com saída às 03:30h com destino ao Rio de Janeiro, para posterior conexão à Natal, onde só chegaríamos à tarde. Seria uma piada se não tivéssemos recebido o informe diretamente de nosso agente de viagens, em uma mensagem séria. Chegando na Rodoviária de Natal contatamos a locadora Lira, com a qual tínhamos reservado dois carros. E olhem que nossa bagagem só coube por milagre!

Nesta imagem retirada do site do G1, os Parrachos se mostram em seu esplendor. Porém, não foi esse o visual que vimos dessa vez em virtude da grande quantidade de chuvas e de vento, bem como pelo fato de estarmos em período de marés mortas, com as baixas na casa dos 0,5-0,6 m. Voltar aos Parrachos para fazer snorkel não valeria a pena, então passamos um bom tempo tentando viabilizar um mergulho autônomo, que por fim aconteceu. Porém, em condições LONGE, mas MUITO LONGE, das ideais ...


Dentre os achados no meio do turbilhão, uma velha conhecida, a célebre "moranguinho do Nordeste", cuja (re)descrição está a cargo de Sula Salani Mota. O fato é que a água, e por conseguinte, os mergulhadores, moviam-se tanto nos 4-5 m em que mergulhávamos, que só nos demos conta de que esponja era essa após baixar as fotos no computador e olha-la mais de perto.
Esse espécime de Ircinia felix era certamente um dos maiores que já vi, com bem mais que 1m em seu maior diâmetro, e cerca de 30cm de altura. Sua complexidade tridimensional era disparamente maior que a do substrato do entorno, só rivalizada pela das algas, que no entanto, não oferecem semelhante abrigo por serem muito mais brandas, e moverem-se freneticamente ao sabor das ondas.

Mais uma vez pudemos contar com a dupla que nos auxiliou em 2014, o Sr. Risadinha, e seu filho (na água) Albertino. Não me recordo se Camille e sua indefectível máscara rosa se equipava ou desequipava neste momento. O mar puxava bastante, e o apoio era mais que bemvindo. Desta vez, o mergulho foi a partir de catamarãs, uma vez que após um acidente ocorrido em 2014 (notícia abaixo), a Marinha proibiu o uso de jangadas no transporte de passageiros para os Parrachos.

Apesar da falta de um por de sol verdadeiro, uma caminhada nas dunas ao fim do dia brindava momentos de rara beleza. 


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