quarta-feira, 9 de abril de 2014

2a Expedição do PNPD - EXpedição POríferos do CE e RN (EXPO-CERN): Flecheiras

30 Mar 2014 - Nova maré baixa, novo recife a explorar. Havíamos visto no Google Earth que Mundaú e Flecheiras possuiam as plataformas recifais mais amplas dentre os municípios a Oeste de Fortaleza, área que pretendíamos estudar, em contraponto ao estudo feito pela equipe da UFC, no âmbito do PROBIO.

O recife de Flecheiras era bem mais raso que o de Mundaú, visitado na véspera. Isso me obrigou a caminhar em alguns trechos, com o objetivo de alcançar as piscinas mais afastadas. O resto da equipe optou por ficar mais próximo da praia.

Plataforma recifal exposta na maré baixa. Diversos pescadores caminham sobre estas plataformas recifais como forma de alcançar as piscinas mais afastadas, onde pescam, por vezes com água na altura do pescoço. Cada pescador leva uma vara e uma sacolinha supermercado para armazenar os peixes que vai fisgando.

Pequena plataforma recifal exposta, dominada pela alga Caulerpa (verde).

O tempo não esteve dos mais convidativos ... Mas depois do solzão da véspera, esta chuva foi boa para refrescar as queimaduras. Fazia mais frio na chuva, que no mar. O negócio era continuar mergulhando. Ao final, repetimos o feito da véspera: quatro horas dentro d'água. Com um pouco de esforço se pode discernir os snorkels de alguns membros da equipe.

Como eu disse, o trabalho prosseguiu, a despeito da chuva. Nosso carro estava há uns 100m de distância, onde teríamos de chegar para buscar abrigo, na eventualidade de tratar-se de tempestade com descargas elétricas. Não foi o caso. Na foto, Sula Salani em ação.

Há diversos curiosos ao redor quando espongiólogos realizam seu trabalho de campo. Notem as cores no teto da loca. Não houve jeito: tive de pedir às salemas (amarelas) e cirurgiões (marrons com azul) que dessem uma voltinha para que eu pudessse estudar "sua casa".

MNRJ 17753 - Plakortis (marrom)? Não era nada abundante.

MNRJ 17756 - Parafraseando o norte-americano Max Walter de Laubenfels, que identificou uma coleção de poríferos brasileiros na década de 1950, Aplysina "perhaps fulva, perhaps lactuca". Onde termina a capacidade de A. fulva se achatar, ou a de A. lactuca subdividir suas lamelas em projeções mais ou menos digitiformes?

Com tanta chuva, a tôca de Eduardo poderia ter sido dispensada. Mas vá saber! Em Vila Muriçoca (Mundaú), onde estávamos alojados, só pegava bem o celular Vivo de Mariana, que vez por outra liberava um ponto de acesso wi-fi para todos. A previsão do tempo não era a prioridade nos acessos, mesmo porque ainda tínhamos muito o que organizar para os dias seguintes da EXPO-CERN, entre reservas de hotéis, aluguéis de embarcação e preparação de operações de mergulho.

Um farol esquecido ligado por quatro horas custou-nos empurrar as Kombi para a frente e para trás algumas vezes até conseguir que pegasse. Pegou. 

"Mamíferos marinhos" distintos daqueles que normalmente se vê pelas praias do sudeste. Decididamente um animal rústico esse tal de jegue.

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